Loja Grátis na Web – Novo conceito
Da para imaginar uma loja grátis? É isso aí mesmo, o cliente escolhe o produto, leva ou pede para entregar e não paga nada. Parece loucura não é, mas o modelo já vem funcionando ha um bom tempo em países como Estados Unidos, Espanha e Japão. Recentemente foi inaugurada a primeira delas aqui no Brasil, o Clube Amostra Grátis em São Paulo. A Sample Central também já abriu a sua loja grátis nos Jardins.
O que as lojas grátis tem a ver com o e-commerce?
Calma, tem tudo a ver, mas vamos dar uma olhada melhor no conceito. As lojas grátis são um novo conceito varejista, que tem como moeda a opinião do consumidor. Essas lojas na verdade são uma ferramenta de marketing que alavanca as vendas nas redes varejistas. O funcionamento é bem simples. As indústrias da área de alimentos, bebidas, cosméticos, higiene, e outras expõem seus produtos que, na maioria, ainda não chegaram às prateleiras das grandes redes varejistas. O consumidor leva para casa, experimenta e dá sua opinião. Não te lembra alguma coisa?
Pois é gente, guardadas as devidas proporções, esse modelo tem muito a ver com os sites de compras coletivas e tem a mesma chance de dar certo. Nos dois casos, não existe lucro imediato e sim uma chance de fazer a divulgação dos produtos em questão. No caso das lojas grátis esse aspecto do negócio fica ainda mais evidente.O desafio que proponho é o de adaptar o modelo de loja grátis para a web.
As lojas grátis são um novo canal de divulgação
O modelo de negócios da loja grátis está associado a uma nova estratégia de marketing, o tryvertising, expressão resultante da junção das palavras inglesas try (experimentar) e advertising (propaganda).
No tryvertising a pessoa escolhe o que deseja testar e, exatamente por ter escolhido previamente, a divulgação boca a boca ou nas redes sociais tende a ser muito mais eficiente e positiva. As pesquisas mostram que mais de 70% das pessoas que experimentam um produto das lojas grátis se tornam consumidoras efetivas quando esse item chega ao mercado. A loja free seria um novo canal de marketing digital.
De onde viria o lucro? Como funcionaria a loja grátis virtual?
Simples. Da mesma forma que os sites de compras coletivas lucram com a exposição das ofertas a um número elevado de pessoas e para isso cobram um percentual sobre as vendas, a loja grátis virtual cobraria pelo resultado da pesquisa de opinião e divulgação. A exposição do produto seria enorme em uma loja dessas e o resultado da pesquisa de opinião complementaria a campanha.
Uma pesquisa de mercado tradicional custa uma fortuna e no caso da loja virtual grátis o empresário tem um feedback dos produtos de uma forma mais barata. É uma pesquisa de mercado para as empresas participantes, e elas pagariam às lojas por essas informações.
Uma outra fonte de receita para um projeto desses, seria a taxa de inscrição que poderia ser cobrada dos participantes. Nas lojas físicas, os interessados fazem um cadastro on-line e pagam uma taxa única para poder levar os produtos e para novas compras devem responder a um questionário sobre cada produto utilizado, apontando defeitos, qualidades, pontos positivos, prós e contras. Isso fica mais fácil ainda quando se está trabalhando com uma loja virtual.
O desafio da loja virtual grátis
A idéia é essa gente. Fica lançado para os empreendedores o desafio de trazer o modelo de loja grátis do mundo físico para o mundo virtual. Para fugir um pouco do já conhecido modelo de site de compras coletivas, essa é uma ótima idéia de projeto para 2011. Pense com carinho e ponha a criatividade em ação. Quem sabe 2011 vá ser o ano das lojas free.
Ah! Eu sei que vocês devem estar com uma pergunta na cabeça: por que a equipe do Curso de E-Commerce resolveu dar essa idéia? Porque nosso negócio é consultoria e treinamento em e-commerce e marketing digital, e além do mais, queríamos dar um ótimo presente de Natal para nossos alunos e leitores. Um Feliz Natal para todos!
Já havia lido sobre o assunto e realmente é uma grande estratégia em se tratando de monitorar a reação dos consumidores em relação ao produto oferecido. Se analisarmos de forma mais clara, não há nada de free, tendo em vista que há uma grande troca de informações. Minha região há muitas empresas que deveria aderir a este novo tipo de negócio. Quem sabe não foi uma luz?! Ainda não li, mas o livro de Chris Anderson (FREE) deve tratar sobre esta nova tendência.